Foto: Roberto Jayme/Ascom/TSE
Sem nenhuma surpresa, Gilmar Mendes, o voto minerva (ou me enerva, como estão dizendo por aí), foi contra a cassação da chapa Dilma-Temer. Evocou a Constituição, falou de democracia, reforma política, contou historinhas, citou manchetes de jornal, elevou a voz e colocou no palco toda sua capacidade teatral.
O juiz dos juízes ou o ministro de defesa de Temer, apelido que ganhou nas redes sociais durante o processo, é muito influente: um dos principais conselheiros da presidente do TSF, Cármen Lúcia, se reúne com frequência com o presidente Michel Temer e caciques do Congresso Nacional. Acusam-no de envolvimento político em suas decisões, mas agarrado à própria interpretação da Lei e do processo, não se dispôs a tratar de forma diferente o que já estava sabido.
Pensa que com o voto de Gilmar Mendes acabou este capítulo da história?
Pode ser que não.
O PSDB e o Ministério Público Eleitoral têm até três dias para recorrer do resultado do julgamento no TSE. As partes podem entrar com dois tipos de contestação: embargo de declaração ou recurso extraordinário no próprio TSE. O trâmite do processo pode levar pelo menos um mês.
Aguardemos, pois. http://www.fabiocampana.com.br/2017/06/o-voto-de-gilmar-mendes/
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