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sábado, 3 de junho de 2017

O julgamento da chapa Dilma-Temer

Um processo eleitoral nascido sem pretensões, transformado pela Lava Jato, pode acabar com o governo Temer e fazer história
FLÁVIA TAVARES
Primeiro ato
>> Trecho da reportagem de capa de ÉPOCA desta semana:
O Hino Nacional soou abafado naquele auditório de poltronas de couro vermelho. A solenidade, que deveria ser uma celebração da democracia, tinha um tom de inquietude. Passava das 19 horas daquele 18 de dezembro de 2014. Dilma Rousseff e Michel Temerforam ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), receber das mãos de seu então presidente, Dias Toffoli, os diplomas que os habilitavam a reassumir os cargos de presidente e vice-­presidente da República no dia 1º de janeiro seguinte. Eles sorriram pouco. Não ostentavam a serenidade dos vitoriosos. Dilma ouviu de Toffoli a leitura da inscrição do diploma: “Pela vontade do povo brasileiro, expressa nas urnas em 26 de outubro de 2014, Dilma Vana Rousseff, candidata pela coligação Com a Força do Povo, foi eleita presidente da República pelo voto de 54 milhões 501 mil 118 eleitores. Uma honra assinar este diploma e entregá-­lo a Vossa Excelência”. Dilma posou para fotos, diploma nas mãos e uma expressão assoberbada. Toffoli repetiu o rito com Temer, que esfregava as diminutas mãos. Assistiam à cerimônia os personagens mais importantes da(quela) República. Renan Calheiros era o chefe do Legislativo. Rodrigo Janot, procurador-geral eleitoral. Ricardo Lewandowski presidia o Supremo Tribunal Federal. Em assentos de honra, prestigiavam os vencedores dois ex-­presidentes da República: José Sarney e Luiz Inácio Lula da Silva. Encerrava-­se ali um atribulado ano eleitoral, que viera na esteira das primeiras revelações da maior investigação de corrupção já conduzida no Brasil, a Lava Jato. A disputa presidencial fora tão acirrada que o presidente do TSE se viu na obrigação de decretar seu fim com uma veemência desproporcional. “As eleições de 2014, concluídas no dia 26 de outubro, para o Poder Judiciário Eleitoral são uma página virada. Não haverá terceiro turno na Justiça Eleitoral.” Estava inteiramente enganado. Leia tudo em http://epoca.globo.com

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