João Alberto Souza, do PMDB do Maranhão, é presidente do Conselho de Ética do Senado pela sexta vez. Uma das responsabilidades do órgão é cassar mandatos de senadores que não estão de acordo com a palavra “ética”.
Na semana que passou, ele já havia dito que o Senado não concorda com o afastamento de Aécio Neves, sinalizando como pensa sua gestão.
Agora, defende anistia para o caixa dois: “se o caixa dois foi para o partido, se aquilo foi gasto com eleição, tem de ser anistiado. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Nós não podemos colocar tudo num saco só.”
A Lava Jato colocou políticos num caminho sem volta e tornou público tudo que já era sabido há muito tempo, sobre formas e recursos para que um candidato chegasse ao poder e o que ele deveria dar em troca.
E agora? Se olhar bem de perto não vai sobrar quase ninguém, considerando os formatos de campanha e eleição até aqui. Uma anistia é praticamente sublinhar o crime e deixa-lo impune, pior, pode parecer incentivo para o futuro. Sem anistia não sobrará ninguém e isso não quer dizer que vai haver mudança no sistema. Parece que o Brasil finalmente conseguiu se enfiar num beco sem saída.
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