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quinta-feira, 1 de junho de 2017

Com novo corte da Selic, Brasil deixa de ter maiores juros do mundo

País caiu para a segunda colocação no ranking, atrás da Rússia
 POR AGÊNCIA O GLOBO*(FOTO: THINKSTOCK)
Com o corte de um ponto percentual na taxa referencial de juros (Selic) na reunião encerrada nesta quarta-feira, o sexto desde o início do atual ciclo de afrouxamento monetário, o Brasil caiu para a segunda colocação no ranking dos países com as maiores taxas de juros reais do mundo. O Brasil encabeçava a lista dos países com as taxas reais de juros mais lata do mundo desde março de 2015, de acordo com ranking elaborado pela Infinity Asset. Agora, a Rússia lidera essa lista, com juro real de 4,57% ao ano, seguida do Brasil, agora com taxa de 4,30%. Em terceiro lugar, está a Turquia, com taxa real de 3,63% ao ano, patamar 0,67 ponto percentual menor que o da taxa brasileira.

Embora tenha mudado a metodologia que vinha sendo aplicada nos ranking anteriores - agora, em vez de usar a taxa a Selic, a referência é a taxa do swap de DI de um ano, da qual desconta a inflação projetada para os próximos 12 meses para chegar ao juros -, o Brasil perderia o primeiro lugar para a Rússia de qualquer maneira, diz Jason Vieira, economista-chefe da Infinity e responsável pela elaboração do ranking.

"A Rússia também cortou recentemente seus juros referenciais, mas em apenas 0,50 ponto percentual, e o diferencial em relação ao Brasil ficaria maior também pela metodologia anterior", diz Vieira.

Na Indonésia, o quarto do ranking, o juro real está em 3,36% anuais, seguido da Colômbia, em quinto, com 2,57%. O México, sexto, tem taxa de 1,96%, a Índia, sétima, de 1,67%, seguida de China, 1,56%, África do Sul, 1,33% e da Argentina, a décima mais alta, de 0,73%.

Dos 40 países, apenas 14 têm hoje taxas reais de juros positivas em suas economias. Nos 26 restantes viver de juros não é bom negócio pois os juros oferecidos nas aplicações ficam abaixo da inflação corrente.

"No atual ranking, dos 40 países analisados, 34 (85%) mantiveram inalterados os juros de referência em suas economia, enquanto apenas seis optaram por cortar as taxas. Nenhum deles, portanto, elevou suas taxas. Mas o Brasil não está seguro nesta segunda posição, pois outros grandes pagadores de juros no mundo também estão em processo de afrouxamento monetário", observa Vieira.

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