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sábado, 13 de maio de 2017

Garçom vendia orégano como maconha e fermento como cocaína

Garçom vendia orégano como maconha e fermento como cocaína, diz polícia do ES
Uma pistola falsa e uma touca ninja foram apreendidas na residência do homem. Ele também é suspeito de ameaçar a namorada com uma arma.
Por Glacieri Carrareto, A Gazeta
Orégano era vendido como se fosse maconha, no ES (Foto: Ricardo Medeiros/ A Gazeta)
Orégano vendido como se fosse bucha de maconha e fermento em pó dentro de pinos plásticos que deveriam conter cocaína para serem traficados foram as formas que o garçom desempregado Helio Barros dos Santos Neto, de 20 anos, encontrou para ganhar dinheiro, segundo a polícia.

O tempero e o fermento eram embalados como se fossem as substâncias ilegais e vendidos para dependentes químicos. “Acreditamos que para aumentar a margem de lucro dele, o suspeito usava essas outras substâncias — que a perícia constatou não serem drogas — para a venda”, afirmou o delegado Lorenzo Pazolini, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).

A afirmação da polícia veio depois que a equipe da DPCA encontrou os materiais para embalo de drogas e o que aparentava ser seis buchas de maconha e cinco pinos de cocaína na casa dele, em Vitória, durante uma operação para detê-lo. Uma pistola falsa e uma touca ninja também foram apreendidas na residência do suspeito.

AMEAÇA À NAMORADA
Os policiais procuravam por Helio por ele ser acusado de colocar uma arma na cabeça da ex-namorada e ameaçá-la de morte, na porta da casa dela, em Cariacica. O motivo do crime era o fato da vítima, uma estudante de 17 anos, não querer reatar o relacionamento.
A ameaça aconteceu no dia 9 de abril. Helio foi à casa da estudante cerca de uma semana depois do término do namorado, que durou dois anos.
O garçom já esteve apreendido, quando menor de idade, por tráfico de drogas. Em depoimento, ele confessou as ameaças contra a ex-namorada. “Estava tudo bem agora, sei que foi uma doideira da minha cabeça aquilo. Eu a amava muito”, alegou.
Sobre as falsas drogas, porém, ele disse que não eram dele. “É de um adolescente que deixou lá em casa. Fiquei surpreso, não sabia da existência daquilo. Sou usuário de cocaína, mas não tenho nada com aquilo que foi encontrado”, afirmou o rapaz.

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