Foto: Ilustração / Conjuntura Online
Com a queda na arrecadação consequente do quadro de recessão da economia do país, as cntas do governo registraram um rombo de R$ 154,25 bilhões - equivalente a 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016, como informado pela Secretaria do Tesouro Nacional nesta segunda-feira (30). Além de ser o terceiro ano consecutivo com as contas no vermelho, esse foi também o maior rombo fiscal em 20 anos, considerando que os dados começaram a ser contabilizados em 1977. De acordo com o G1, as contas já tinham apresentado um resultado negatico com déficit primário em R$ 114,9 bilhões. Em 2014, esse número foi de 17,21 bilhões. No entanto, o número atual é compatível com a meta fiscal estabelecida pelo governo Michel Temer, em maio do último ano. O déficit fiscal de até R$ 170,5 bilhões foi aprovado pelo Congresso Nacional. "É muito importante esse momento em que anunciamos o cumprimento da meta do Governo Central de 2016. O resultado foi melhor do que o previsto, pois realizamos um déficit menor do que a meta (...) O teto de gastos agora vai permitir ao Brasil voltar gradualmente a produzir superávits primários, gerando a economia necessária para estabilização e redução da dívida federal", defendeu o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ao portal.Quando anunciou a meta fiscal para 2016, o governo adiantou que o montante englobava cerca de R$ 56 bilhões em "riscos fiscais", sendo R$ 19,9 bilhões para compensar eventual frustração do resultado dos estados; R$ 21,2 bilhões em reversão de um corte feito anteriormente no orçamento; R$ 9 bilhões em passivos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC); R$ 3,5 bilhões para a defesa e outros R$ 3 bilhões para a Saúde. Para não ultrapassar a meta, o governo contou com o apoio da receita extra, orçada em R$ 46,8 bilhões da regularização de ativos no exterior. Também conhecida como "repatriação de recursos", a quantia foi depositada nos cofres públicos em outubro do ano passado. Só na Previdência Social, o rombo avançou de R$ 85,81 bilhões em 2015 para R$ 149,73 bilhões em 2016 - um aumento de 74,5%. A expectativa do governo é de um rombo ainda maior no INSS neste ano: R$ 181,2 bilhões. BN
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