Um pequeno estudo realizado na França descobriu que o uso prolongado de maconha poderia prejudicar as células ganglionares da retina – nervos localizados atrás dela. O estudo também constatou que pessoas que fumavam a erva há cerca de seis anos tinham um atraso nos sinais neurais do cérebro, mesmo depois de largar a droga.
A descoberta complica a compreensão científica sobre a ligação da cannabis e a visão, uma vez que estudos anteriores mostraram que a droga ajudou pacientes com glaucoma e até melhorou a visão noturna. “Nossas descobertas podem ser importantes do ponto de vista de saúde pública, uma vez que poderia destacar os efeitos negativos do consumo de cannabis no sistema nervoso central e como isso afeta o processamento da retina”, disse o pesquisador principal, Dr. Vincent Laprévote.
“Estudos futuros podem esclarecer sobre as potenciais consequências destas disfunções para o processamento cortical visual e se essas disfunções são permanentes ou desaparecem após o fim do uso da cannabis”, completou. O estudo envolveu 52 participantes – 28 consumidores regulares de cannabis e 24 que costumavam usar a droga, mas pararam.
Todos os usuários de cannabis pararam de consumir a droga antes do estudo, mas tinham regularmente usado a substância por cerca de seis anos. Os pesquisadores usaram um padrão eletrofisiológico de medida chamado eletrorretinografia (PERG). “Essa descoberta fornece evidências de um atraso de aproximadamente 10 milissegundos na transmissão das potenciais ações engatilhadas pelas células”, escreveram os autores. [ Daily Mail ] [ Fotos: Reprodução / Daily Mail ]
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