O primeiro trem de passageiros movido a hidrogênio do mundo foi divulgado esta semana pela empresa de transporte francesa Alstom, que estará operando o novo “Coradia iLint”, na Alemanha.
A trem Coradia iLint funciona com o excesso de vapor e água condensada, o que significa que ele oferece uma alternativa sem emissão de poluentes. O trem foi apresentado ao público pela primeira vez na semana passada, em Berlim, na feira InnoTrans. Apelidado de hydrail, ele está prestes a se tornar o primeiro comboio de passageiros movido a hidrogênio para operar regularmente por longas distâncias.
Espera-se que o trem linha regional de Buxtehude-Bremervörde-Bremerhaven-Cuxhaven no estado alemão do noroeste de Lower Saxony. Aprovado para operar ainda este ano, o acesso ao público deve acontecer até dezembro de 2017.
De acordo com o jornal alemão Die Welt, a autoridade de transporte local de Lower Saxony, solicitou 14 trens iLint da Alstom. Líderes da Holanda, Dinamarca e Noruega também expressaram interesse pelo trem.
O iLint é alimentado por baterias de íon de lítio maciças, que obtêm a sua energia a partir de um tanque de combustível de hidrogênio instalado no telhado. Em um tanque cheio, o que requer cerca de 94 kg por carro, o hydrail pode funcionar por um dia inteiro ou viajar cerca de 800 km. Sua velocidade máxima é de 140 km/h (87 mph).
Essa tecnologia tem sido estudada por mais de uma década, porém só foi usada até o momento em indústria de frete. Segundo relatório de 2004, de Christina Beck, o Instituto de Pesquisa japonês Railway desenvolveu uma célula de combustível do protótipo, que entrou em uso dois anos depois. No ano passado, a China começou a utilizar o hidrogênio para alimentar seus bondes com o objetivo de reduzir a poluição do ar.
A diferença aqui é que o Coradia iLint será capaz de transportar 300 passageiros de cada vez, e serão as primeiras rotas de longa distância totalmente movidos a hidrogênio.
As emissões de carbono de trens são menores do que as emissões de outros tipos de veículos – apenas 2,6 por cento das emissões de gases de transporte de efeito estufa da Austrália são atribuíveis ao transporte ferroviário. Por esse motivo, o compromisso da Alemanha às energias renováveis está sendo aplicada a diversos tipos de indústria.
Essa mudança tem mostrado resultado, pois em oito de maio deste ano, 95 por cento da demanda de energia da Alemanha foi abastecida por fontes de energia renováveis. “Os preços de energia, na verdade, foram negativos durante várias horas, o que significa que os clientes comerciais foram pagos para consumir eletricidade“, comentou Michael J. Coren.
Alemanha agora planeja alcançar uma quota de 60 por cento do total das fontes de energia renováveis até 2050. É esperado que o iLint substitua 4.000 trens a diesel do país. [ Science Alert ] [ Foto: Reprodução / Alstom ]
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