por Airton Leitão
Definitivamente, deve haver alguma maldição contra os aposentados no Brasil. Depois de dar sua contribuição em algum setor de atividade produtiva ou de prestação de serviços, quando adquirem o direito ao seu merecido descanso começam a sofrer os mais variados castigos por isso. O poder aquisitivo diminui pois passam a receber proventos inferiores exatamente quando até precisariam aumentá-lo, pois atingem a faixa etária na qual os problemas de saúde naturalmente causados pelo envelhecimento vão se agravando a cada ano. Em contrapartida, se amplia a necessidade de tratamento médico e da compra de remédios. Se buscar assistência médica estatal vai encontrar uma das piores do mundo, e, se puder, terá que filiar-se a um plano de saúde, que cobra valores elevados exatamente por causa da sua idade. Quanto aos medicamentos, outro drama porque os preços estão sendo sempre reajustados. Enfim, o melhor é esperar a morte. Quando o Governo precisa, como sempre, fazer economia de gastos, é pelos proventos dos aposentados e pensionistas que começa a solução do problema, concedendo-lhes reajustes abaixo dos índices do salário mínimo;
Vale lembrar que o então presidente Fernando Henrique Cardoso teve a ideia de manter o desconto de 11% nos proventos, alegando que era para cobrir o rombo na Previdência. Como assim? Ao contrário, foram 35 anos contribuindo mensalmente para ele. Mas, a bancada do PT, comandada por Lula, fez ferrenha oposição e a proposta não foi adiante. É, então, que começa a aparecer a imagem de "metamorfose ambulante" como o ex-presidente se auto-intitulava.
Usou sua maioria parlamentar para agora aprovar o famigerado desconto. No meu caso específico, tão logo me aposentei passei a receber meus proventos com um "aumento" de 11%. Depois, veio a nova lei e passei a receber meus proventos outra vez com o desconto. A Associação dos Magistrados do Brasil entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STJ) arguindo ser inconstitucional reduzir salários e proventos. Quando a votação teve início, o placar era 2 a 1 pela revogação. Lula mandou seus ministros fazer um lobby pela manutenção. Quando a votação reiniciou, o placar estava invertido e o desconto prevaleceu. Aqui vão meus "agradecimentos" ao Lula, com a minha esperança de vê-lo um dia atrás das grades, não só por isso, mas pelos seus "malfeitos";
Usou sua maioria parlamentar para agora aprovar o famigerado desconto. No meu caso específico, tão logo me aposentei passei a receber meus proventos com um "aumento" de 11%. Depois, veio a nova lei e passei a receber meus proventos outra vez com o desconto. A Associação dos Magistrados do Brasil entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STJ) arguindo ser inconstitucional reduzir salários e proventos. Quando a votação teve início, o placar era 2 a 1 pela revogação. Lula mandou seus ministros fazer um lobby pela manutenção. Quando a votação reiniciou, o placar estava invertido e o desconto prevaleceu. Aqui vão meus "agradecimentos" ao Lula, com a minha esperança de vê-lo um dia atrás das grades, não só por isso, mas pelos seus "malfeitos";
Para aposentados e pensionistas não falta notícia ruim. O governador licenciado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, continuador da "obra" do ex-governador Sérgio Cabral que deteriorou a economia do Estado, está propondo mais um "presente" para os velhinhos: aumentar o desconto de 11% para 14%. Depois dessa, comecei e me simpatizar com a ideia do presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Jorge Picciani, de dar andamento a um dos três pedidos de impeachment de Pezão que estão dependendo de um despacho seu para ser formada na Casa a comissão que se definirá sobre a sua admissibilidade. Como uma decisão somente aconteceria no ano que vem, segunda metade do mandato, caberia à Alerj eleger o novo governador indiretamente onde Picciani tem ampla maioria. Portanto, mãos à obra, deputado! por Airton Leitão
Nenhum comentário:
Postar um comentário