A ex-presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira (13) não ter “ódio” do seu sucessor, o presidente Michel Temer. Entretanto, chamou, em entrevista à Rádio Guaíba, de Porto Alegre, o seu antigo aliado e vice-presidente de “traidor”. "Eu não tive ódio de torturador, por que eu vou ter ódio de traidor nesse processo [de impeachment]? Não se pode ter ódio das pessoas.
O ódio faz com que você seja capturado pelo objeto que você odeia", disse a petista. Ainda segundo a ex-presidente, o processo de impeachment, do qual se disse “vítima”, tinha objetivos de barrar as investigações da Operação Lava Jato, aprovar a “PEC da Maldade” – forma como denomina a PEC que cria teto de gastos públicos -, e a reforma da Previdência, que é "ultra ultra contra os interesses dos trabalhadores".
Dilma falou ainda sobre sua rotina após ter deixado a Presidência da República. Ela contou ter “uma vida intensa”, mas “bem mais leve do que antes” e que pode ler mais, além de assistir a mais filmes e ter um convívio maior com os netos. A petista ainda defendeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para ela, uma possível prisão de Lula seria vista “como corolário do golpe pelo mundo".
A ex-presidente disse ainda que "acha que há um objetivo claro de condená-lo na segunda instância". Lula foi denunciado pelo MPF (Ministério Público Federal) como envolvido no desvio de verbas públicas para a empreiteira Odebrecht. Bahia Notícias
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