por Bruno Luiz*Foto: Divulgação / Uefs
As quatro universidades estaduais baianas caíram posições no Ranking Universitário da Folha de S. Paulo (RUF) de 2016 (leia aqui), divulgado nesta segunda-feira (19), em relação ao ano passado. No levantamento, a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) aparece em 64º lugar, a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) na 65º colocação, a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) na 104ª posição e a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) em 93º lugar. Em 2015, as mesmas instituições de ensino surgiram nas 60ª, 63ª, 79ª, 81ª colocações, respectivamente. Para o reitor da Uefs, Evandro Nascimento, e o diretor da Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia (Aduneb), Vamberto Ferreira, a principal explicação para a queda geral está no “estrangulamento” dos orçamentos de custeio das universidades, que acontece desde 2013. De acordo com Evandro, a Uefs teve, em 2013, R$ 55 milhões em recursos para atividades de ensino, pesquisa e extensão. Desde 2014, entretanto, esse montante caiu para uma média de R$ 50,5 milhões. Com isso, a instituição não consegue realizar investimentos efetivos nas áreas. “Olhando os cinco indicadores [do RUF], pudemos ver que, em pesquisa, mantivemos a mesma colocação, melhoramos posição em relação à percepção do mercado e a posição de internacionalização.
Onde está o problema? No quesito ensino, caímos 11 posições. Aí fica alerta sobre a necessidade de termos mais apoio do governo do Estado para recuperar o orçamento de custeio das universidades”, afirmou o reitor em entrevista ao Bahia Notícias. Ainda segundo Evandro, o orçamento diminuto, que não acompanha o aumento de alunos nos últimos três, tem prejudicado até a compra de livros para a biblioteca da Uefs. “Estamos sem condições de ampliar biblioteca e estamos comprando menos livros. Estamos sem condições de manter, com qualidade, os laboratórios didáticos, as viagens de campo. Não está havendo concurso e temos um número considerável de professores temporários, ao invés de concursados e qualificados. Isso nos preocupa porque, a médio prazo, se essa situação não se reverter, a situação das universidades estaduais nesse ranking pode piorar”, criticou. Para o dirigente da Aduneb, a condição atual das universidades estaduais baianas é de “precarização”. Segundo levantamento realizado pela entidade que representa os docentes da Uneb, entre 2014 e 2016, as instituições tiveram perda orçamentária de R$ 73 milhões por causa de falta de reposição. “Isso vai ter uma implicação sobre atividades de laboratório, de pesquisa, material didático, atividades de campo, contratação de professores, nas bolsas de permanência, pagamento de terceirizados. E isso está relacionado com a questão da qualidade do ensino, pesquisa e extensão”, avaliou. Na opinião de Vamberto, a resolução dos problemas com orçamento passar pela elevação do percentual de receita líquida da arrecadação de impostos aplicado nas universidades estaduais. Atualmente, a taxa emprega é de 5%, enquanto a Aduneb defende 7%. É fundamental para a gente a questão do aumento da receita. As universidades cresceram, aumentou o número de cursos, de estudantes. Para fazer um serviço que surta benefício para o que a comunidade precisa, é necessária a ampliação”, reivindicou. Procurada, a assessoria de comunicação da Uneb não respondeu ao pedido de entrevista com representante da instituição, enquanto as assessorias de Uesc e Uesb não foram localizadas pelo Bahia Notícias.
Onde está o problema? No quesito ensino, caímos 11 posições. Aí fica alerta sobre a necessidade de termos mais apoio do governo do Estado para recuperar o orçamento de custeio das universidades”, afirmou o reitor em entrevista ao Bahia Notícias. Ainda segundo Evandro, o orçamento diminuto, que não acompanha o aumento de alunos nos últimos três, tem prejudicado até a compra de livros para a biblioteca da Uefs. “Estamos sem condições de ampliar biblioteca e estamos comprando menos livros. Estamos sem condições de manter, com qualidade, os laboratórios didáticos, as viagens de campo. Não está havendo concurso e temos um número considerável de professores temporários, ao invés de concursados e qualificados. Isso nos preocupa porque, a médio prazo, se essa situação não se reverter, a situação das universidades estaduais nesse ranking pode piorar”, criticou. Para o dirigente da Aduneb, a condição atual das universidades estaduais baianas é de “precarização”. Segundo levantamento realizado pela entidade que representa os docentes da Uneb, entre 2014 e 2016, as instituições tiveram perda orçamentária de R$ 73 milhões por causa de falta de reposição. “Isso vai ter uma implicação sobre atividades de laboratório, de pesquisa, material didático, atividades de campo, contratação de professores, nas bolsas de permanência, pagamento de terceirizados. E isso está relacionado com a questão da qualidade do ensino, pesquisa e extensão”, avaliou. Na opinião de Vamberto, a resolução dos problemas com orçamento passar pela elevação do percentual de receita líquida da arrecadação de impostos aplicado nas universidades estaduais. Atualmente, a taxa emprega é de 5%, enquanto a Aduneb defende 7%. É fundamental para a gente a questão do aumento da receita. As universidades cresceram, aumentou o número de cursos, de estudantes. Para fazer um serviço que surta benefício para o que a comunidade precisa, é necessária a ampliação”, reivindicou. Procurada, a assessoria de comunicação da Uneb não respondeu ao pedido de entrevista com representante da instituição, enquanto as assessorias de Uesc e Uesb não foram localizadas pelo Bahia Notícias.
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