O relator do processo de cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no Conselho de Ética da Câmara, Marcos Rogério (DEM-RO), afirmou hoje (12) que o ex-presidente da Casa praticou crimes graves e deve perder o mandato.
Rogério rebateu argumentos da defesa e de aliados de Cunha, segundo os quais o fato de ele ter mentido sobre a existência de contas no exterior, em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, é um crime de menor gravidade e não deveria ser punido com cassação.
“É preciso deixar claro para o plenário que a omissão intencional viola o decoro e ela também teve outro objetivo que era esconder práticas que ainda eram muito mais graves”, disse à Agência Brasil. “Por qual razão omitir a existência de contas?! É porque revelam práticas criminosas, delitos graves, condutas que são absolutamente reprováveis, inclusive elas foram utilizadas para o recebimento de vantagens indevidas”, acrescentou Rogério.
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