Ana Carla Bermúdez**Do UOL, em São Paulo
O presidente da República, Michel Temer (PMDB), e o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), oficializaram nesta quinta-feira (22) uma série de mudanças para a implementação do ensino médio integral com currículo flexibilizado. A reformulação do ciclo foi feita através de uma medida provisória e as estimativas são de que existam turmas de ensino médio integral conforme o novo modelo já no primeiro semestre de 2017.
Entre as principais mudanças, está a ampliação da carga horária mínima anual -- as atuais 800 horas serão gradualmente ampliadas para um total de 1.400 horas. Para tanto, a jornada escolar do ensino médio diurno passará para um mínimo de sete horas diárias. A previsão é de que, até 2024, 50% das escolas de ensino médio no Brasil sejam contempladas pelo ensino integral.
O novo currículo será composto pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com disciplinas comuns para a primeira metade do ciclo, e por cinco ênfases específicas, organizadas nas áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica profissional. O aluno escolherá as disciplinas que deseja cursar conforme sua área de interesse a partir da segunda metade do ensino médio.
O ensino de língua portuguesa, matemática e língua inglesa deve permanecer obrigatório nos 3 anos, com carga horária mínima semanal de seis tempos de 50 minutos para português e matemática. Já disciplinas como artes e educação física deixam de ser obrigatórias nesse ciclo.
Há ainda a possibilidade de aproveitamento dos créditos adquiridos durante o ensino médio no ensino superior. Na prática, isso indicaria que, ao ingressar na universidade, o aluno não precisaria cursar matérias envolvendo competências e conhecimentos que ele já possui. No entanto, essa medida ainda deve ser regulamentada e homologada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e pelo Ministério da Educação (MEC).
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