Fabricantes de jatos executivos estão sendo praticamente obrigados a oferecer mais descontos e incentivos para impedir que os compradores desistam ou adiem suas aquisições. Segundo analistas e vendedores do setor, a decisão se deve à recessão brasileira e a desaceleração da economia chinesa. De acordo com o Jornal Folha de S.Paulo, sem muitas alternativas, a saída para as empresas foi não só oferecer descontos maiores nos modelos antigos (que estão lotando os estoques) como também até para os mais novos -e essa tendência pode ir até 2017. "As condições na indústria de jatos executivos têm se mostrado mais difíceis do que o esperado neste ano, com uma pressão contínua sobre as vendas de aviões novos vinda de altos níveis de estoques de aparelhos usados e um ambiente altamente competitivo", diz Marco Pellegrini, presidente-executivo da Embraer Aviação Executiva. Muitos proprietários estão colocando suas aeronaves à venda, em parte para se livrar dos altos custos de manutenção -normalmente entre US$ 1 milhão e US$ 4 milhões ao ano-, o que tem abarrotado ainda mais esse mercado.Para piorar o cenário, consultores preveem que as entregas de jatos vão cair 11% neste ano, queda que, se confirmada, será a maior desde 2009, no auge da crise global.
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