O senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) apareceu nesta segunda-feira (9) pela primeira vez no Senado desde que foi preso em novembro do ano passado por suspeita de atrapalhar as investigações da Lava Jato. Ele foi apresentar sua defesa na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que analisa o processo de cassação de mandato por quebra de decoro parlamentar. A sessão foi suspensa após os senadores aprovarem um requerimento que pedia informações adicionais sobre o processo contra Delcídio que corre no Supremo Tribunal Federal (STF). Uma nova sessão deveria ser marcada para voltar a analisar o caso. No entanto, os senadores da CCJ se reuniram horas depois no plenário da Casa e aprovaram o parecer do relator, dando continuidade à cassação do mandato de Delcídio.
A mudança ocorreu porque foi aprovada uma urgência, logo após a leitura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, para que o caso de Delcídio seja definitivamente decidido pelo Senado nesta terça.
A cassação de Delcídio chegou à CCJ após passar pelo Conselho de Ética, que recomendou a perda do mandato. O relator Telmário Mota argumentou que Delcídio desrespeitou o Código de Ética e Decoro Parlamentar ao oferecer R$ 50 mil à família de Nestor Cerveró para tentar convencer o ex-diretor da área internacional da Petrobras a não fechar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF). A negociação foi flagrada em uma gravação divulgada pela Procuradoria-Geral da República. Leia AQUI
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