A declaração foi feita pelo ex-ministro Carlos Ayres Britto, que presidiu o Supremo Tribunal Federal (STF) entre abril e novembro de 2012, disse que ‘não há força humana’ que barre a Operação Lava-Jato, para ele a maior investigação já deflagrada contra a corrupção no país:“A Lava-Jato passou a caminhar com suas próprias pernas. Ela se autonomizou e quem quer que seja, individual e coletivamente, não a deterá. A Lava-Jato se vacinou contra interferências à sua continuidade. Tornou-se, portanto, um patrimônio objetivo do povo. Ela se tornou uma questão de honra nacional”;
A Operação Lava-Jato ganhou as ruas em março de 2014 quando o juiz Sérgio Moro autorizou a primeira leva de prisões, buscas e quebra de sigilo de investigados. Desde então foram 30 operações sucessivas que pegaram empreiteiros, doleiros, ex-dirigentes da Petrobrás e políticos. Agora, que está no momento sob fogo cerrado de políticos tramando seu enfraquecimento, e conversas gravadas em março deste ano entre o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB/AL), o ex-presidente José Sarney e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, agora reveladas, indicam a intenção de figuras de destaque do PMDB em travar a Operação Lava-Jato;
Para o ex-ministro Ayres Britto, "não há força humana que impeça a Lava Jato e o regular prosseguimento dessa saneadora operação dos nossos costumes no sentido mais alto da interseção do republicanismo com o Direito Penal". A Lava-Jato é um patrimônio nacional, está andando com suas próprias pernas, emancipou-se pela sua fundamental importância nessa nova era republicana em que todos são iguais perante a lei”. Não há quem obstrua, quem impeça o regular andamento da operação Lava Jato. Ela se tornou uma questão de honra nacional, patrimônio objetivo civilizatório. Significa também um triunfo, a vitória da toga sobre o colarinho branco”. por Airton Leitão
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