por Antonio Pita | Estadão Conteúdo*Foto: Agência Brasil
A Petrobras deverá realizar mais uma rodada de demissões de terceirizados para equacionar seus custos à nova realidade financeira da companhia, frente à queda das cotações internacionais de petróleo. A avaliação é do diretor financeiro, Ivan Monteiro. A companhia também realizará uma nova renegociação de contratos com fornecedores, com o objetivo de reduzir custos. Uma meta para os cortes não foi estabelecida até o momento. "Estamos modelando e estabelecendo as metas do que ainda não atingimos na primeira onda de renegociações de contratos, que envolveu fornecedoras de sondas, bens, embarcações e helicópteros. Foram os grandes contratos. A segunda rodada ainda estamos formatando. Tínhamos uma meta que consideramos tímida e estamos revendo", explicou a diretora de Exploração e Produção, Solange Guedes. Entre outras ações para rever os gastos estão a devolução de imóveis alugados e as demissões de funcionários terceirizados. "Fizemos um corte muito grande de terceirizado. Foi a primeira onda. Vamos ver como a companhia se comporta. Na minha visão se comportou bem e devemos fazer uma segunda onda de demissões de terceirizados que tragam o custo da companhia para baixo. Ela vai acontecer. Vamos olhar de novo a estrutura de custo. Quando olhamos estava a US$ 50 o Brent e agora está a US$ 30", frisou. A falta de uma definição sobre o tamanho do corte de gastos operacionais foi um dos pontos questionados por analistas de mercado, após a revisão do plano de negócios da companhia, na última terça-feira (12). A crítica era quanto à possibilidade de reduzir os investimentos e os custos operacionais sem uma redução significativa da meta de produção. Solange Guedes explicou que houve "otimização" dos processos, com a postergação da conexão de novos poços às plataformas diante da estabilidade da produção. "Como se consegue fazer esse efeito, neutralizar a redução significativa de investimento sem equivalência na produção? São três efeitos incorporados ao plano: redução do custo de construção dos poços em 50%, postergação da entrada de poços junto com a capacidade da plataforma e a produtividade dos poços firmes, sem declínio da produção", explicou Solange. BN
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