por: Anacley Souza
A Amamentação Cruzada antigamente era uma solução muito comum em nossa sociedade, daí a figura da ama de leite, que comumente amamentava o bebê da patroa durante anos. Por muito tempo inclusive o bebê ao nascer era imediatamente levado para a casa da ama de leite e só saia de lá grandinho, pois amamentar era tido como um ato mundano e só poderia ser feito por escravos ou pessoas das camadas mais baixas da sociedade. Engraçado observarmos como a cultura influencia neste tipo de decisão e como o ato de amamentar sempre foi um assunto envolto por questionamentos e crises na história da humanidade. Nos livros que falam sobre a época da escravidão encontra-se a conclusão de que muitas crianças eram contaminadas por doenças que são transmitidas através do Leite Materno. É claro que a vida insalubre dos escravos era um forte elemento que determinava que as próprias escravas se contaminassem facilmente por doenças sérias, apresentando riscos à saúde de seus filhos e dos filhos dos patrões. Hoje em dia, com os avanços da medicina sabemos que doenças como a AIDS e Hepatite são transmissíveis através do Leite Materno. Os processos de doação de leite humano nos Bancos de Leite passam toda uma tecnologia de testes e avaliação de uma possível contaminação do leite materno. O melhor é se informar e também conversar com o pediatra para ver qual é a decisão mais segura a se tomar, que não apresente nenhum risco ao bebê e sua saúde. Por isso tudo, um ato que passaria como algo de extrema generosidade e delicadeza, que é o de uma mulher oferecer seu leite para o filho de outra, tem que ser avaliado e acompanhado por profissionais da saúde.
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