Paira no ar uma grande dúvida. O quê leva uma família a gastar mais de R$ 800 mil na reforma de um apartamento e em seguida desistir de morar nele? O empreiteiro que realizou a obra disse a mesma foi espécie de construção de um novo apartamento. É o que ocorreu com o luxuoso apartamento triplex que o ex-presidente Lula adquiriu no Edifício Soláris, na praia paulista de Guarujá. Diversas testemunhas confirmaram que Lula esteve muitas vezes no local acompanhando os serviços e que sua mulher, Marisa Letícia ia todos os dias como que supervisionando os trabalhos, inclusive dando palpites no projeto. Como se sabe, depois que um jornal divulgou o fato, Lula e sua mulher saíram às pressas do imóvel. Tudo isso envolvia negócios com a Bancoop, então presidida pelo famoso João Vaccari Neto, preso pela Operação Lava-Jato, na condição de tesoureiro do PT como responsável pelo recolhimento de valores provenientes de propinas desviadas da Petrobras;
Com a divulgação pela mídia da informação sobre a convocação do casal para esclarecimentos sobre uma possível ocultação de patrimônio, logo apareceu a tropa de choque do Governo dando explicações pouco convincentes, bem como o Instituto Lula sobre todas essas transações. Aliás, por quê o próprio Lula não se explica, só falando quando é para atacar ou para se declarar como a pessoa mais honesta mundo? Sem que ninguém perguntasse nada, até a presidente Dilma saiu em defesa de seu 'presidente-adjunto', contestando decisão do Poder Judiciário, algo que não é de sua competência. Ninguém é mais proprietário do imóvel, embora tenham os dois o declarado ao Imposto de Renda;
O lado bom nisso tudo é que a partir da determinação do juiz Sérgio Moro e sua equipe de promotores o povo está passando a acreditar na Justiça e que as leis existem para serem acatadas, acabando de vez com aquela ideia de que somente pobres são processados e punidos. De nada adiantará o corporativismo dos 'companheiros' de Lula. Estamos vendo a elite sendo investigada, com muitos dela sendo condenados e presos, passando a crer que A justiça não faz mais distinções, prevalecendo o princípio constituional de que todos são iguais perante a lei. por Airton Leitão
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