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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Petrobras dispara 10% e puxa alta da Bovespa

O Ibovespa já salta quase 3% impulsionado pela alta do petróleo em meio a notícias de que a Rússia está em conversas com a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) para reduzir a produção do combustível.

Com isso, as bolsas dos Estados Unidos e as europeias estão todas em alta. O mercado ainda fica à espera da decisão do Fomc (Federal Open Market Committee) às 17h (horário de Brasília). No cenário doméstico, a Polícia Federal deflagrou a 22ª fase da Operação Lava Jato, denominada Triplo X. Infomoney

Às 15h17, o benchmark da bolsa brasileira tinha ganhos de 2,88%, a 38.576 pontos. Já o dólar comercial recua 0,34% a R$ 4,0563 na venda, enquanto o dólar futuro para fevereiro opera estável a R$ 4,058. No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2017 tem queda de 3 pontos-base a 14,68%, ao passo que o DI para janeiro de 2021 avança 4 pontos-base a 16,41%.

Segundo o estrategista-chefe da XP Investimentos, Celson Plácido, a virada do petróleo foi o que motivou toda a alta da Bolsa, que foi potencializada pelo fato das ações já terem caído muito.

Entre as notícias do dia, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, deve anunciar R$ 50 bilhões de crédito amanhã na reunião do chamado “Conselhão”, encontro da presidente Dilma Rousseff com 90 personalidades entre empresários, artistas e líderes de movimentos sociais. O dinheiro viria do pagamento das pedaladas fiscais aos bancos públicos. O ministro ainda defenderá a reforma da Previdência, que hoje responde por mais de 40% do gasto primário, disse fonte à Bloomberg.

Segundo o Estado de S. Paulo, Barbosa acredita que ainda há demanda por crédito, apesar dos economistas se mostrarem céticos quanto a isso. Já de acordo com o Valor Econômico, Dilma estuda condicionar esta concessão de crédito ao aumento do emprego.

Petróleo
Foram divulgados às 13h30 os estoques de petróleo, que vieram fortes, mas fora ofuscados pela notícia de que Rússia e a Opep estão em conversas para reduzir a produção do combustível. O aumento nos estoques foi de 8,38 milhões na semana passada, após subirem 4 milhões na semana anteror. Hoje, o barril do Brent tem queda de 3,22% a US$ 33,62 o barril. Já o WTI (West Texas Intermediate) registra ganhos de 2,73% a US$ 32,28.

Ações em destaque
As ações da Petrobras (PETR3, R$ 6,44, +8,05%; PETR4, R$ 4,44, +5,71%) aceleram ganhos após um começo de pregão bem volátil. No radar da empresa, de acordo com a Folha de S. Paulo, os 60 mil participantes do principal fundo de pensão da Petrobras serão chamados a dar sua contribuição para cobrir um rombo que já dura três anos na Petros, fundação que administra aprevidência privada da estatal. Segundo o jornal, a expectativa de conselheiros da Petros é de que o rombo anual chegue a quase R$ 20 bilhões.

Da forma semelhante, os papéis da Vale (VALE3, R$ 9,48, +5,92%; VALE5, R$ 7,24, +6,16%) passam a subir, após começarem o dia voláteis. O minério de ferro spot com 62% de pureza e entrega no porto de Qingdao subiu 3,29% a US$ 42,43 a tonelada, apesar das notícias de queda do lucro das empresas industriais na China.

Mas quem segura a alta da Bolsa mesmo são as ações de Ambev (ABEV3, R$ 17,57, +4,33%) e da Cielo (CIEL3, R$ 32,74, +3,12%), papéis considerados mais defensivos. Juntas, as duas ações respondem por 12,60% da participação da carteira teórica do Ibovespa.

Já entre as quedas está a Kroton (KROT3, R$ 7,98, -0,25%). Ontem, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou que serão oferecidos 250.279 contratos pelo Fies (Fundo deFinanciamento Estudantil). A empresa líder em participação nos contratos dentre as companhias com ações listadas na Bovespa, Kroton, foi a que apresentou o maior tombo em termos de market share: de 17,9% no segundo semestre do ano passado para 12% nos primeiros seis meses deste ano. Em parte esse movimento é atribuído ao mais elevado IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) das regiões em que opera.

Fomc
Hoje às 17h sairá a decisão de taxa de juros dos Estados Unidos após a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto do país. Para o economista da Rio Bravo, Evandro Buccini, os membros do comitê devem comentar as recentes quedas no mercado, o que pode gerar expectativas de que o ritmo de aumento das taxas de juros nos EUA seja mais gradual e suave. “Se eles apertarem a caneta nesta volatilidade, podemos esperar por aumentos mais graduais”. O resultado prático disso nos mercados seria uma alta das bolsas, já que a rentabilidade dos títulos da dívida norte-americana não aumentaria tanto e não causaria uma fuga de apetite de risco global tão forte. Só há um risco: “se o Fomc exagerar, as bolsas podem cair por temores de que a economia esteja muito ruim”, explica o economista. Fonte: Infomoney

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