A presidente Dilma Rousseff disse ontem terça-feira, em Quito, no Equador, que o Brasil vai começar um "verdadeiro combate" ao vírus da zika e que "a melhor vacina é o combate de cada um de nós".
"Agora, no Brasil, vamos iniciar um verdadeiro combate ao vírus da zika", disse a presidente. "Se ainda hoje nós não temos uma vacina, temos certeza de que iremos ter, mas vai levar um tempo. A melhor vacina contra o vírus da zika é o combate de cada um de nós, do governo, mas também da sociedade, eliminando todos os focos nos quais o mosquito vive e se reproduz."
O zika vírus, que está associado ao aumento de casos de microcefalia no país, é transmitida pelo Aedes aegypti, o mesmo mosquito que transmite a dengue.
O Brasil teve, no ano passado, um número recorde de casos de dengue. Foram mais de 1,6 milhão de casos e 863 mortes. O mosquito já foi erradicado no Brasil, mas voltou a circular há pelo menos 30 anos - a primeira grande epidemia de dengue deste período foi em 1986.
Já o vírus da zika foi identificado no país pela primeira vez em 2015 e gera preocupação por estar associado a microcefalia em fetos. Até o momento, foram notificados 3.893 casos no país.
O governo anunciou nesta semana uma força-tarefa com 220 mil homens das Forças Armadas para visitar domicílios em todo o país e entregar panfletos.
"A fêmea, por exemplo, põe 400 ovos. Quanto mais água, mais esse mosquito se reproduz, e nós não podemos deixá-lo nascer. Então vai ser um combate casa a casa, em que o governo vai colocar extremo empenho", disse Dilma.
A ação visa conscientizar a população para que evite acúmulo de água limpa e parada, onde o mosquito se reproduz. Especialistas ligam, porém, o avanço do Aedes ao processo de urbanização do país com deficiências de fornecimento de água e sistema de esgoto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário