Estudiosos norte-americanos identificaram, em análise do desenvolvimento de células neurais, falhas de mecanismo que podem explicar a microcefalia. De acordo com estudo divulgado pela revista Neuron, a descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade Duke, nos Estados Unidos. Para eles, a malformação do feto está relacionada a uma lentidão no processo de divisão de células que darão origem aos neurônios. Com a mitose mais demorada, disseram especialistas, é formada uma quantidade menor de neurônios. Apesar dos resultados, o estudo não menciona o vírus Zika. Foram identificadas apenas falhas na evolução celular, que podem ter diferentes causas. Ainda assim, pode ser considerado um passo para compreender a doença que já registra mais de 3.174 casos suspeitos no recente surto brasileiro (clique aqui). "Este estudo mostra que o tempo que leva para uma célula se dividir importa muito para o desenvolvimento do cérebro", afirmou Debra Silver, uma das autoras e professora de genética molecular e microbiologia. "É uma combinação que ajuda a explicar a microcefalia. De um lado, há uma produção de células progenitoras que não é suficiente, e, com isso, não se forma a quantidade necessária de neurônios. De outro lado, alguns neurônios de fato conseguem se formar, mas boa parte deles morre". BN
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