Dalton dos Santos Avancini, ex-presidente da Camargo Correa(Valor/VEJA)
"Sergio Moro é linha dura. Eu acho que ele quer dar o exemplo. Ele é a esperança do Brasil, né?", disse o executivo delator. Quatro anos antes, a Camargo Correa conseguiu anular no Superior Tribunal de Justiça (STJ) a operação Castelo de Areia, que investigou um esquema de fraudes, crimes financeiros e desvio de verbas públicas da empreiteira. Hoje a empresa já fechou três termos de um acordo de leniência e aceitou pagar 700 milhões de reais por causa do petrolão.
Condenado por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, Dalton Avancini passa o dia recolhido em casa e com monitoramento da Justiça. Sem poder falar com os outros funcionários ligados à construtora e que também foram réus na Lava Jato, Avancini não arrisca se o executivo João Auler, único da cúpula da Camargo Correa que não fez delação premiada, deve ou não contar o que sabe às autoridades. Embora tenha recebido pena de quinze anos, Avancini não vai cumprir a sentença atrás das grades por ter colaborado com os investigadores. Auler foi condenado a nove anos de prisão e continua sem acordo de delação. No início do ano, o Ministério Público encerrou as negociações para a delação de João Auler por falta de acordo.
Pouco antes da uma hora da tarde, o ex-presidente da construtora Camargo Corrêa chegou ao restaurante popular da Justiça Federal do Paraná, próximo ao centro de Curitiba. Sentou-se em uma mesa do canto direito e pediu um chá gelado. http://veja.abril.com.br
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