Será que o tabagismo é tão ruim como dizem? A resposta é sim – com toda certeza, ainda mais se levarmos em conta as advertências da Organização Mundial de Saúde (OMS), da Food and Drug Administration dos EUA, dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças e de cada uma das associações médicas da Terra.
Porém, se, por um acaso os fumantes tiverem sorte e conseguirem evitar todos os riscos que o cigarro oferece, tais como câncer, doenças cardíacas e enfisema, eles podem ser protegidos de forma única, por razões ainda não explicadas pela ciência, contra um punhado de doenças e aflições.
Embora fumar a longo prazo seja um passaporte certo para a morte precoce, aqui estão cinco benefícios potenciais para os poucos fumantes sortudos:
1. Diminui o risco de cirurgia de substituição do joelho
Resultados surpreendentes de um novo estudo revelaram que homens que fumam são menos propensos a se submeterem a cirurgias para a substituição total da articulação de joelho do que aqueles que nunca fumaram.
Qual poderia ser a conexão? A cirurgia de substituição do joelho é mais comum entre os corredores e os obesos, e fumar raramente facilita exercícios e força um físico mais magro. Pode ser que a nicotina presente no tabaco ajude a evitar a deterioração das articulações e cartilagens.
2. Reduz o risco de Parkinson
Numerosos estudos têm encontrado uma relação inversa entre o tabagismo e a doença de Parkinson. O mais recente, feito por pesquisadores daUniversidade de Harvard, ofereceu evidências convincentes de que os fumantes têm menos probabilidade de desenvolver Parkinson. Um estudo publicado na revista Neurology afirma que o efeito protetor desaparece assim que o vício é curado. Porém, a causa do efeito protetor não foi determinada.
3. Reduz o risco de obesidade
A nicotina presente na fumaça do tabaco é um inibidor de apetite, usado desde as culturas indígenas da América na era pré-colombiana. As empresas de tabaco, na década de 1920, passaram a dizer às mulheres que o tabagismo as deixaria mais magras.
A relação entre tabagismo e controle de peso é complexa. A nicotina age como um estimulante e inibidor de apetite, e o ato de fumar provoca modificação comportamental, induzindo os fumantes a comerem menos. Fumar também pode tornar os alimentos menos saborosos para alguns, o que ajuda a reduzir o apetite. Como supressor de apetite, a nicotina age em uma parte do cérebro chamada hipotálamo, como revelado em um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Yale, nos EUA.
4. Reduz o risco de morte após ataque cardíaco
Em comparação com os não fumantes, os fumantes que tiveram ataques cardíacos parecem ter mais respostas para os dois tipos de terapia existentes para remover a placa das artérias, tanto a fibrinolítica, que é basicamente medicação; quanto angioplastia, que remove a placa através da inserção de balões nas artérias. No entanto, existe um grande problema, pois a razão pela qual os fumantes têm ataques cardíacos é o fumo que entope as artérias, permitindo a acumulação de gordura e placas no local.
5. Aumenta o efeito de medicamentos para o funcionamento do coração
O clopidogrel é um fármaco utilizado para inibir a formação de coágulos de sangue em pacientes que sofrem de bloqueios em artérias coronárias e outras doenças cardiovasculares, conduzindo a acidentes vasculares cerebrais e ataques cardíacos. Fumar parece ajudar o clopidogrel a fazer o seu trabalho da melhor forma possível.
Um estudo mostra o benefício de fumar pelo menos dez cigarros por dia. Parece que alguma coisa na fumaça do cigarro ativa proteínas chamadas citocromos, que convertem o clopidogrel a um estado mais ativo. Claro que nenhum médico respeitável incentiva os pacientes a fumarem para tirar o máximo proveito do clopidogrel. Mas esse e os outros quatro "benefícios" do tabagismo revelam como podem existir certas substâncias químicas de valor terapêutico real. Fonte: Muy Interesante Foto: Reprodução / Pragmatismo
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