Júlio César Cardoso * Bacharel em Direito e servidor federal aposentado * Balneário Camboriú-SC
Este país precisa de uma urgente intervenção. Circulou na imprensa nacional notícia de que o ex-presidente Lula deverá integrar o ministério de Dilma Rousseff, como articulista para salvar o seu governo. Na verdade, o objetivo dos mandarins do PT é a vergonhosa manobra de blindar o ex-presidente com foro privilegiado caso ele seja envolvido na Operação Lava-Jato.
Temos uma mandatária da República, que não tem escrúpulo de sofismar. Tudo o que está ocorrendo, com prejuízo à sociedade brasileira, foi proclamado de outra forma por Dilma Rousseff, em programa de televisão (JAN/2013): “... nosso país avança sem retrocessos, em meio a um mundo cheio de dificuldades. Estamos vendo como erraram os que diziam, meses atrás, que não iríamos conseguir baixar os juros nem o custo da energia, e que tentavam amedrontar nosso povo, entre outras coisas, com a queda de emprego e a perda do poder de compra do salário. Os juros caíram como nunca, o emprego aumentou, os brasileiros estão podendo e sabendo consumir e poupar”. Mas como que num piscar de olhos o Brasil de Dilma Rousseff mudou tão rápido?
Estamos numa nau sem rumo, sem timoneira, a qual perdida em suas reflexões confusas mostra que o seu governo jamais teve meta, como se espera de uma empresa responsável com os seus cotistas ou acionistas. Pois a presidente da República, em declaração ambígua, se trumbica toda com a meta ao anunciar, no Palácio do Planalto, 15 mil vagas para o Pronatec Jovem Aprendiz: “Não vamos colocar uma meta, nós vamos deixar uma meta aberta. Quando a gente atingir a meta, nós dobraremos a meta”. Deu para entender?
A presidente Dilma deveria reconhecer os seus erros e fazer a mea-culpa ao povo brasileiro, que hoje repudia o seu governo com alto índice de rejeição, em vez de convocar a nação, que não deu causa nenhuma à recessão econômica, para realinhar o país. A presidente não pode reclamar da turbulência mundial de 2008, pois o seu partido ironizava a crise como marolinha. Só que nesse período o Brasil investiu apenas 2,5% do PIB, enquanto Peru (4%), Chile (5%), Índia (6%) e China (13%).
O povo deve se movimentar. Espera-se que no próximo dia 16 de agosto esses políticos corruptos e governo recebam uma resposta cívica da população brasileira apolítica e muito decepcionada com o que está ocorrendo no Brasil.
A coisa anda tão imoral que recentemente, no Senado, o senador Fernando Collor, de forma destemperada, furibunda e indecorosa, chamou o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, de filho da puta. Essa indecorosidade, arrogância e prepotência, incompatível com um político civilizado, deveria lhe render uma grave punição do estamento, bem como a manifestação da OAB e de outros organismos jurídicos, em defesa do Procurador. Logo Collor, irremediável, que já foi cassado, deu prejuízo a poupadores nacionais e que continua envolvido em negócios nebulosos.
Tem-se a impressão de que os demais senadores se amedrontam diante de Collor ao aceitarem e não contestarem a maneira deselegante, incivilizada e desrespeitosa com que ele se dirigiu ao representante máximo da Procuradoria-Geral da República, cuja função primordial é ser um fiscal da lei com autonomia de ação.
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