Vizinhos do manguezal localizado nos fundos da Rua Katiara, em Nazaré, no Recôncavo, costuma ouvir mais que ruídos noturnos da fauna nativa da área lamacenta. O local é conhecido como tribunal do júri da facção fundada por Adílson Souza Lima, o Roceirinho, antigo morador da região e que hoje está no presídio federal de Campo Grande (MS). O nome da via de paralelepípedos cercada de casas com tijolos à mostra, enladeirada e cercada por morros, batiza o grupo criminoso liderado por ele, que utiliza o mangue como sala de torturas.
Moradores relataram que, a prática já foi mais frequente, mas mesmo assim não é raro, à noite, ouvirem, vindos do mangue, gritos e gemidos de vítimas da facção sendo espancadas. Depois, elas são deixadas amarradas, por dias, com os ferimentos expostos a insetos e caranguejos. “É horrível. A gente sofre com as pessoas pedindo socorro, gritando pela mãe, mas quem vai lá ajudar?”, perguntou uma mulher que mora perto do mangue e, por medo, pede para não ser identificada.
Para a foz do Rio Jaguaripe, entre os bairros Apaga Fogo e Muritiba, são levados devedores e quem desobedece as regras da facção. “Os que devem muito, sequer têm segunda chance. Morte na hora”, disse outro morador. Mas não só eles. Comandante da 3ª Companhia Independe de PM de Nazaré, capitão Maurício Costa contou que integrantes da própria Katiara já foram amarrados no mangue como punição. O grupo apareceu em um vídeo na internet exibindo armas e provocando rivais. “O chefe deles mandou amarrá-los como castigo. Já encontramos um tronco com corda”, disse. Leia tudo em http://ipiauonline.com.br
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