O presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter, que deixará o cargo em fevereiro de 2016 devido ao escândalo sobre supostos subornos a dirigentes da entidade, afirmou nesta segunda-feira (24), que o futebol não é um esporte corrupto.
“A instituição não é corrupta. Não há corrupção no futebol, e sim nos indivíduos. São as pessoas. Sei o que fiz e o que não fiz. Tenho minha consciência e sei que sou um homem honesto. Estou limpo”, disse Blatter, de 79 anos.
No cargo desde 1998, o mandatário anunciou sua renúncia quatro dias após ser reeleito, no fim de maio, após a prisão de sete altos cargos do organismo.
“Fiz isso porque queria proteger a Fifa. Eu posso proteger a mim mesmo, sou forte o suficiente”, argumentou.
O dirigente acrescentou que não se sente “moralmente responsável” pelos atos de dirigentes como o americano Chuck Blazer, que admitiu ter recebido propinas relacionadas à Copa do Mundo de 2010, na África do Sul.
Blazer, que chegou a criar uma fortuna avaliada em US$ 22 milhões, ocultos em empresas de fachada, aceitou colaborar com a Justiça americana em 2011 para evitar a prisão.
A delação do dirigente foi fundamental para que o Departamento de Justiça dos EUA apresentasse acusações contra nove diretores da Fifa e outras cinco pessoas vinculadas à organização.
Apesar das dúvidas sobre a Copa do Mundo da África do Sul, Blatter garantiu nesta segunda-feira que a edição de 2010 foi a “mais limpa que já foi realizada”.
O presidente assegura que a Fifa foi a “parte que sofreu” por causa desses escândalos, apesar de acreditar que a entidade irá se reerguer depois da onda de acusações contra alguns de seus integrantes. Foto: Reprodução/Terra
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