Agência Estado - Quase metade dos empreendimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), principal bandeira eleitoral da presidente Dilma Rousseff, não teve nenhum desembolso até julho. Levantamento da ONG Contas Abertas mostra que de um total de 629 obras/programas, com orçamento autorizado para este ano, 310 delas não tiveram pagamentos, seja de restos a pagar ou dos recursos de 2015.
Os números são uma amostra da dificuldade do governo para executar o ajuste fiscal que visa equilibrar as contas nacionais. Até agora, porém, o corte de gastos tem atingido de forma mais pesada os investimentos - essenciais para a geração de emprego e renda no País. Exemplo disso é que os desembolsos para investimentos caíram 40%, segundo os dados da Contas Abertas. Na média, os pagamentos recuaram 31% neste ano. "A única coisa que o governo consegue cortar é investimento, e investimento é PAC", afirma o economista, Mansueto Almeida, especialista em contas públicas.
Além dos pagamentos, os empenhos - primeira fase da execução orçamentária, que é o compromisso de que a obra será paga - também estão bem abaixo dos níveis de 2014. No ano passado, nessa época, os ministérios já haviam empenhado R$ 36 bilhões de um total de R$ 68 bilhões. Neste ano, a execução ainda está em R$ 18 bilhões de um orçamento de R$ 65 bilhões. Mais em http://www.diariodepernambuco.com.br
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