A Bahia tem ao menos 543 academias que atuam sem permissão para funcionar, divulgou o Conselho Regional de Educação Física (Cref). O número corresponde a 16% dos 3.398 estabelecimentos fiscalizados pelo órgão neste ano. De acordo com o G1, entre as unidades notificadas pela falta de registro está a do bairro de Águas Claras, em Salvador, onde uma mulher morreu após passar mal em julho deste ano. Segundo o presidente do Cref, Paulo César Vieira Lima, as academias notificadas não tinham alvará para atuar. "Na verdade, é um credenciamento. Ele é renovado anualmente. Caso não cumpram as normas, [as academias] podem ser multadas e até mesmo fechadas", explicou. Outro problema, segundo o presidente, é a atuação de profissionais sem a formação necessária, o que pode trazer riscos para os clientes. "Tem uma incidência muito grande [de profissionais atuando sem formação] em regiões de médio a alto porte, além das regiões periféricas. Patamares, em Salvador, é um exemplo. Temos parte do empresariado, que quer mão de obra barata. [...] O exercício ministrado por pessoas sem conhecimento pode levar a problemas irreversíveis nas articulações, na coluna. Enfim, são sérias as consequências", alerta. Segundo Lima, aqueles que quiserem se exercitar de forma segura devem tomar alguns cuidados. "Antes de fazer atividade física, tem que passar por uma avaliação médica. Isso para qualquer idade, faixa etária. Apesar de não ser lei, é a recomendação que damos. Também indicamos que vejam se o espaço tem autorização de funcionamento. O alvará deve estar bem visível. Outra coisa é pesquisar se o educador tem registro profissional", indica.
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