Fotos: ZSL
Peixes, golfinhos focas e até baleias voltaram às águas de um rio que já foi declarado "biologicamente morto".
É o rio Tâmisa, que cruza a capital britânica, Londres e passa por um longo processo de despoluição.
Nos últimos 10 anos mais de 2.700 mamíferos de grande porte já foram registrados as águas, informa a Sociedade Zoológica de Londres (ZSL, na sigla em inglês).
A despoluição fez o Tâmisa reviver em menos de 50 anos. O investimento e a tecnologia necessários não foram poupados nesse trabalho de quase três gerações.
Focas são os animais mais vistos, inclusive na região de Canary Wharf, conhecida por seus modernos arranha-céus. Também foram documentados no rio 444 botos, golfinhos e 49 baleias.
"O fato de termos visto tantos animais na região central de Londres indica que os estoques pesqueiros são grandes o suficiente para alimentar estes grandes predadores", afirmou Barker à BBC.
História
No século 19, o rio era conhecido como “O Grande Mau Cheiro” e doenças de veiculação hídrica e até mesmo cólera eram bastante comuns.
Em 1957, o Tâmisa andava tão sujo que autoridades o declararam "biologicamente morto".
Exemplo
O primeiro passo foi a construção de um sistema de captação de esgoto, porém esta solução não foi suficiente com o crescimento da população. Desde então, o número de estações de tratamento de esgoto foram ampliadas.
Atualmente, a empresa de saneamento de Londres continua a investir na infraestrutura.
Dois barcos percorrem o Tâmisa de segunda a sexta e retiram 30 toneladas de lixo por dia. Todos os detritos são coletados por grades instaladas na proa e por esteiras que varrem o leito do rio.
Câmeras de vídeo, radares e sonares informam a localização do lixo.
Hoje, existem 125 espécies de peixes no Tâmisa e mais de 400 espécies de invertebrados.
Mesmo com os sinais de que a revitalização das águas do Tâmisa deu certo, a Thames Water, empresa de saneamento londrina, mantém um alto investimento no tratamento da água e no sistema de esgotos.
A guerra contra a poluição deve ser constante. A reforma das estações de tratamento, fiscalização de despejo, tratamento de todo material orgânico e inorgânico e consertos de encanamentos mal feitos, devem ser constantemente avaliados e refeitos.
Uma equipe da ZSL realiza pesquisas detalhadas sobre focas no estuário do Tâmisa.
Nos três últimos anos, os cientistas vêm usando barcos e até aviões para monitorar o número de focas no rio.
Eles estimam que até 670 focas-comuns vivam no estuário. O número de focas-cinzentas é desconhecido, mas elas também parecem estar se proliferando na região. Com informações da BBC e CidadesSustentáveis
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