O Brasil está passando por uma crise econômica, mas ela não é sentida da mesma forma em todas as empresas. Nas pequenas e médias, por exemplo, o impacto dos problemas econômicos é menor.
Você teria coragem de abrir um negócio próprio em meio a uma crise econômica? A empresária Adriana Fernandes decidiu encarar o desafio.
“A gente abriu no começo da crise econômica, no momento mais tenso e no auge da crise hídrica, no ramo de alimentação, todo mundo falava: ‘Você é louca’”.
Há quatro meses ela abriu uma empresa e vende comida para quem tem algum tipo de alergia alimentar. A ideia surgiu em casa mesmo.
“Fazia tempo que a gente queria empreender em alimentação e, com o nascimento do nosso filho, que é alérgico, a gente encontrou essa dificuldade de achar produtos para consumir”, conta Adriana.
Na cozinha, tudo é feito com muito cuidado. E esse cardápio especial tem ganhado cada vez mais clientes e também trouxe mais funcionários.
“A gente começou com um, já estamos em três e estamos selecionando o quarto funcionário”, diz Adriana.
Realidade de várias micro e pequenas empresas no país. Este ano, 116 mil novas vagas foram criadas entre janeiro e junho. O saldo está caindo em relação aos anos anteriores, mas ainda é um número positivo. Bem diferente das grandes empresas, que vêm perdendo vagas desde 2013 e, neste ano, quase 480 mil postos foram fechados.
“A pequena empresa não é uma ilha, ela sente também. Mas ela sente menos do que a grande e a média. É que a pequena empresa é muito mais enxuta, tem muito menos empregados. Portanto, a margem de demissão é muito menor”, explica o presidente do Sebrae, Luiz Barreto.
E qual o segredo de quem está conseguindo enfrentar essa crise? Em um salão foram feitos investimentos em produtos novos de beleza. O horário de atendimento foi estendido para as 21h para atender as executivas mais ocupadas. E os cachorros são muito bem-vindos.
“Acho simpático poder trazer seu cachorro porque hoje em dia você tem muito contato com cachorro”, comenta uma cliente.
A manicure Roseli Ribeiro Lúcio acabou de ser contratada.
“Fiz o teste e passei. Que bom, não é? Esperava que voltasse para casa com mais um não”, conta.
“Toda crise gera oportunidades, e o Brasil mudou muito nos últimos anos. Há, sim, crises que podem ser trabalhadas no sentido positivo”, afirma Luiz Barreto. Fonte: Com informações do G1
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