São Paulo - O aumento salarial para os servidores do Judiciário aprovado pelo Senado Federal pode contaminar a principal despesa do governo federal que se manteve controlada no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff e aumentar os riscos no curto e médio prazo de cumprimento das metas fiscais.
Correspondendo a 1/5 da despesa primária do governo federal, a folha de pagamento dos servidores é o único gasto comportado do governo Dilma, avalia Fernando Montero, especialista em Contas Públicas e economista-chefe da corretora Tullett Prebon.
Para Montero, o custo anual do aumento salarial dos servidores do Judiciário não é "nada trivial": adicionais 2% ao ano na folha. O Senado aprovou reajustes entre 53% a 78,56%, que vão custar R$ 25,7 bilhões nos próximos quatro anos. Após 2018, o custo adicional será de R$ 10,5 bilhões por ano.
"Por uma questão de pleitos de isonomia, não demoraria para chegar ao Legislativo. Mas o pior é contaminar as negociações do Executivo", alerta Montero. O Poder Executivo tem dois milhões de servidores, entre ativos e inativos civis e militares, enquanto no Judiciário são 117,5 mil funcionários que serão contemplados pelo projeto aprovado. Leia mais em: http://zip.net/btryx0
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