Um professor foi preso na última terça-feira (30) suspeito de manter relações sexuais com alunas em troca de notas altas. De acordo com a Polícia Civil, o docente ministrava aulas de história no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso e em um colégio particular de Cuiabá, para estudantes entre 14 e 16 anos. A polícia tomou conhecimento do caso após duas denúncias anônimas registradas em maio. O delegado Eduardo Botelho de Paula, da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), informou ao Uol que uma adolescente confirmou o assédio do professor. "Ele mandava mensagens via WhatsApp e deixava claro que, caso a menor mantivesse relações sexuais com ele, suas notas iriam aumentar. Porém ela não topou o convite", acrescentou o policial. Outras três adolescentes também foram ouvidas pela Polícia Civil de Cuiabá; entre as quais duas confessaram as relações sexuais com o professor. Uma menor afirmou o interesse pelas notas altas e a outra disse que o envolvimento não tinha relação com o boletim escolar. "O que desperta atenção é que as notas das duas jovens aumentaram bastante. A terceira adolescente ouvida disse que também foi assediada pelo professor, mas que não concordou com o pedido", disse Botelho. O IFMT informou ao Uol Educação que está tomando todas as medidas cabíveis e instaurou um processo administrativo disciplinar para apurar o fato. O professor, conforme sua página no Facebook, não era casado e costumava publicar mensagens bíblicas e vídeos de deputados conservadores, como Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Pastor Marcos Feliciano (PSC-SP). Caso seja condenado, o docente poderá responder pelo crime de exploração sexual de adolescente e cumprir pena de dez anos em regime fechado. BN
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