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quinta-feira, 23 de julho de 2015

Nova droga retarda Alzheimer em 30%

Foto: Corbis
A busca pela cura do Alzheimer teve mais um passo importante.
Um medicamento promissor, que consegue desacelerar o avanço da doença, foi apresentado nesta quarta-feira pelo laboratório farmacêutico Eli Lilly durante conferência da Associação Internacional de Alzheimer, em Washington, EUA

Os estudos indicam que a droga, conhecida como Solanezumab, teve efeitos importantes em pacientes com estágio inicial do mal de Alzheimer.  DailyMail

Segundo o laboratório, pacientes que começaram a receber o medicamento de forma precoce beneficiaram-se mais do que aqueles que só passaram a ingeri-lo 18 meses mais tarde. 

A droga
O Solanezumab atua de maneira a impedir a formação de certas placas de proteína no cérebro. 

Acreditava-se que essas placas estão associadas ao desenvolvimento da doença, por bloquearem as conexões entre células e levarem à perda de tecido cerebral. 

O êxito do estudo do Eli Lilly reforça essa hipótese e traz a esperança de que se tenha chegado a uma abordagem eficaz para deter a enfermidade.

Os resultados da pesquisa sugerem que, se administrada em doentes cedo o suficiente, a terapia do anticorpo seria capaz de reduzir o declínio cognitivo em cerca de 30 por cento.

Os testes
Em uma primeira fase, de 18 meses, um grupo de pacientes recebeu a droga, enquanto outro grupo ingeriu apenas placebo. Na etapa seguinte, todos tomaram Solanezumab. No total, participaram 581 pacientes. 

De acordo com os pesquisadores, o método, inédito nos estudos da área, ofereceu evidências de que o remédio consegue desacelerar o avanço da doença. 

Segundo eles, as diferenças em cognição entre os dois grupos mantiveram-se preservadas 108 semanas e 132 semanas depois do início da segunda etapa, ou seja, o grupo que começou mais tarde com a medicação não alcançou os demais doentes. 

Segundo o Eli Lilly, isso significa que o Solanezumab retarda a progressão da enfermidade. Seria, portanto, mais benéfico começar a ingeri-lo antes.

Cautela
Especialistas não envolvidos na pesquisa, no entanto, receberam os resultados com ceticismo. 

Segundo eles, o método utilizado não é universalmente aceito para comprovar que um remédio funciona e não traz comprovação sobre a eficácia de atacar as placas de proteína no cérebro. 

Outro estudo
O laboratório Eli Lilly vem realizando um outro estudo com solanezumab, específico para pacientes em estágio inicial, com resultados previstos para 2017. O Alzheimer afeta 44 milhões de pessoas em todo o mundo e não tem nenhum tratamento eficaz. Com informações do DailyMail

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