“Nunca recebi esse senhor”, disse Dilma Rousseff sobre o delator Ricardo Pessoa. “Eu nunca o recebi em toda a minha passagem pelo meu primeiro mandato”, enfatizou a presidente, há três dias, em Nova York. Quem ouviu ficou com a impressão de que Dilma jamais avistara o dono da construtora UTC, que diz ter transferido para sua campanha, em 2014, R$ 7,5 milhões em verbas desviadas da Petrobras. Não é bem assim. Dilma e Pessoa estiveram juntos pelo menos uma vez. Deu-se em 13 de julho de 2012, na cidade baiana de Maragojipe. A presidente e o delator brindaram com saquê o lançamento da pedra fundamental de um estaleiro chamado Enseada do Paraguaçu, empreendimento contratado a um consórcio de empresas que reuniu a japonesa Kawasaki e as brasileiras UTC, Odebrecht e OAS. Eles também batizaram uma plataforma da Petrobras, a P 59. As fotos estão no site do Planalto. Ao lado do então governador da Bahia Jaques Wagner, e da então presidente da Petrobras Graça Foster, Dilma e Pessoa participaram de um ritual japonês chamado Kagami biraki. Consiste em quebrar a tampa de um barril de saquê e, em seguida, brindar com a bebida. Reza a tradição que isso traz bons agouros para um empreendimento. Participaram também, entre outros, os presidentes da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e da OAS, Léo Pinheiro. Leia mais no Blog do Josias.
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