Receitas superestimadas, aumento de gastos com custeio e dificuldade para obter novos empréstimos são apontados pelos Estados como os principais entraves para manter o ritmo de investimentos. As gestões reclamam de passivos herdados e dizem que os orçamentos previam um cenário econômico melhor, projetando um volume de receitas não concretizado. As informações são da Folha de S. Paulo.
Além disso, as finanças ficam mais expostas à estagnação do país porque o ICMS, principal imposto arrecadado pelos Estados, é mais sensível ao desempenho da economia.
Outro obstáculo é o fato de o governo Dilma Rousseff dificultar novos empréstimos. “Há um, dois, três anos, a Caixa estava correndo atrás de Estados para fazer financiamento. Hoje a torneira está fechada”, diz o secretário de Planejamento do Distrito Federal, Renato Brown.
No caso de Minas Gerais, a gestão Fernando Pimentel (PT) refez o Orçamento, que só foi aprovado no fim de março. Antes disso, os investimentos não eram permitidos. O secretário da Fazenda, José Afonso Bicalho, diz que, com a previsão de deficit de R$ 7,2 bilhões, nenhum investimento novo sairá. “Todas as outras obras vão parar enquanto não tiver recursos.”
O Paraná atribui o freio ao contingenciamento de 24% do Orçamento. O Estado ainda tenta quitar dívidas com fornecedores. No Distrito Federal, o governo Rodrigo Rollemberg (PSB) diz que a gestão de Agnelo Queiroz (PT) deixou um deficit de quase R$ 3,5 bilhões, sendo quase R$ 1 bilhão de salários atrasados, dificultando os investimentos. Leia Mais »
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