Visto no G1/ES - O estudante Rafael Melo, de 14 anos, morto a pauladas e pedradas, segundo a polícia, foi enterrado na manhã deste domingo (14), em Nova Rosa da Penha, Cariacica, na Grande Vitória.
Vizinhos disseram à polícia ter encontrado o corpo do rapaz por volta das 7h30 de sábado (13). De acordo com as investigações, Melo havia saído de casa às 6h30 para tomar café na casa da avó, que mora a algumas ruas da casa dele.
Um delegado e investigadores da Polícia Civil estiveram no bairro onde Rafael morreu. Eles recolheram a pedra e os pedaços de madeira que estavam no local onde o corpo foi achado para investigar se foram usados no crime. Por enquanto, a polícia preferiu não revelar a linha de investigação.
O jovem era aluno do 7º ano do Ensino Fundamental e tinha o sonho de se tornar um famoso estilista. Ele já desenhava e confeccionava roupas de bonecas. A mãe Wanderléia Barbosa, 33 anos, acredita que Rafael pode ter sido assassinado por ser homossexual. Segundo Wanderleia, ele sofria bullying na escola.
A mãe de Rafael falou com a reportagem do jornal A Gazeta. “Muitas pessoas implicavam com ele, caçoavam e o xingavam. Implicavam com o jeito dele andar e por ele fazer roupas. Ele sofria muito, por isso meu filho era uma pessoa de poucos amigos e muito fechado”, descreve a mãe, a dona de casa Wanderléia Barbosa, 33 anos.
No local do crime, os peritos recolheram um bloco grande de concreto (parte de uma viga de construção) e pedaços de madeira. Não foi possível afirmar se houve a participação de mais de uma pessoa no crime.
Peritos da Polícia Civil estiveram no local e constataram que Rafael apresentava lesões nas costas provocadas por um pedaço de madeira. O jovem também teve o crânio esmagado por um pedaço de concreto que foi arremessado na cabeça do rapaz.
Muitos moradores assistiram ao trabalho da perícia e demais policiais. Porém ninguém disse ter ouvido gritos ou mesmo percebido qualquer situação suspeita no horário aproximado do crime.
Policiais da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) estiveram no local e fizeram os primeiros levantamento sobre o crime. O caso será encaminhado para a Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCVV) de Cariacica.
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