Joaquim Levy (Foto: (Wilson Dias/Agência Brasil))
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou a amigos da PUC-RJ estar predisposto a deixar o governo: “tem hora que dá vontade de largar isso”. Os amigos acham que foi apenas um desabafo de Levy num momento delicado – e não sua real intenção. O ministro também disse que o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, trabalha para sabotar seus planos e que a presidente Dilma Rousseff fica calada em meio às divergências que ele (Levy) tem com Mercadante.
A desconfiança sobre a permanência de Levy aumentou após o governo ter anunciado que o corte no orçamento deste ano será de quase R$ 70 bilhões. Há rumores de que Levy foi favorável a um corte maior, de aproximadamente R$ 80 bilhões. Levy tinha presença confirmada no evento em que o anúncio do corte foi feito, na sexta-feira, mas lá não apareceu. Na segunda-feira, após reunião da coordenação política no Palácio do Planalto, Levy disse que estava gripado e, por isso, não foi ao evento. Na ocasião, ele afirmou não ter vontade de deixar o governo.
Após a publicação da nota, a assessoria de comunicação do ministro entrou em contato para afirmar que Levy não fez comentários com amigos sobre possível saída do governo nem a respeito do ministro Aloizio Mercadante. Afirma, também, que Levy trabalha pela aprovação de medidas do ajuste fiscal; "o que é apenas o começo de uma longa caminhada rumo à retomada do crescimento".
ÉPOCA mantém o que publicou.
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