Foto: divulgação**Por Andréa Fassina, da redação do SóNotíciaBoa
Quatro mulheres de Brasília, que atuam nas áreas de cinema, jornalismo e produção cultural, se uniram para ajudar na finalização do filme Flor do Moinho, que vai contar a história de uma brasileira exemplar.
É a dona Flor, uma raizeira e parteira, que vive no Povoado do Moinho, próximo a Alto Paraíso, na Chapada dos Veadeiros, Goiás.
Ela já foi garimpeira, tropeira, quitandeira, tecelã e agente de saúde. Teve 18 filhos e adotou outros 28. Fez mais de 300 partos. Também pelas mãos de Dona Flor, as espécies do Cerrado ganham inúmeros usos e propriedades.
"Estamos – literalmente - passando o chapéu e pedindo sua contribuição para o filme Flor do Moinho", dizem em as amigas Flor, Erika, Cidinha e Flávia, envolvidas na campanha.
"Fizemos uma bela campanha até agora, com 135 apoios e R$ 75 mil arrecadados. Alcançamos nossa 1ª. meta, mas ainda precisamos de sua ajuda para chegar à 2ª. meta de R$ 90 mil. Falta pouco, a campanha termina no dia 26 de maio", lembram.
Por quê?
"Queremos dar protagonismo a essa personagem tão especial, que exemplifica a mulher sábia do interior do Brasil, matriz e fonte de uma riqueza sociocultural que não se pode perder. Sua experiência no manuseio das plantas e na execução de partos tornaram-na uma referência no Brasil central. Ela ministra cursos para doulas, já foi agente de saúde e tem como missão passar seu conhecimento para o maior número possível de pessoas. Dona Flor fica triste quando vê desinteresse ou desinformação sobre esse tema nas gerações mais jovens", revelam as amigas.
Florentina Pereira dos Santos nasceu na Fazenda Santa Rita (Alto Paraíso), em 2 de fevereiro de 1938.
O documentário vai mostrar ainda como vive sua comunidade, que fica a pouco mais de 200 km da capital do Brasil e ainda preserva hábitos do início do século passado, como o fabrico artesanal de farinha de mandioca e de rapadura.
O projeto
A realização do documentário Flor do Moinho sobre a vida de Dona Flor traz entrevistas com Dona Flor, moradores do Moinho e pessoas que conhecem seu trabalho e sua história singular. Serão também captadas imagens na comunidade, localizada em um vale maravilhoso com sua natureza quase intocada.
A comunidade do Moinho, preponderantemente negra, tem cerca de 90 famílias. É fruto do encontro histórico de quilombolas, índios, latifundiários brancos e sertanejos de Goiás e estados vizinhos.
Como colaborar
Entre no site https://www.catarse.me/pt/flordomoinho
Em seguida, é só escolher o valor (tem opção desde R$ 20).
O pagamento pode ser feito no cartão, em até 3 vezes, ou por boleto bancário.
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