Um grupo de trabalho da Organização das Nações Unidas (ONU), especializado em discriminação contra a mulher, alertou que as conquistas alcançadas nos últimos cem anos na luta pelos direitos das mulheres estão sob ameaça. "Temos visto sinais de retrocesso, frequentemente em nome de culturas, religiões e tradições, que colocam em perigo o suado progresso em alcançar a igualdade das mulheres", informou o grupo. Especialistas em direitos humanos apontam que "a discriminação contra a mulher persiste tanto na esfera pública quanto na privada, em tempo de paz ou de conflito, em todas as regiões do mundo". A média de participação feminina global na vida pública e política, de acordo com a ONU, continua baixa - cerca de 20% do parlamento e 17% dos chefes de governo. As mulheres continuam recebendo salários menores e sendo pouco representadas em cargos de liderança em empresas, instituições internacionais e sindicatos. "Continuamos a testemunhar estarrecedoras formas de violência em nome da honra, beleza, pureza, religião e tradição", afirmou o grupo. "Muitas mulheres têm sido privadas de sua saúde e direitos sexuais e reprodutivos", continuou. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada ano cerca de 50 mil mulheres morrem como resultado de abortos clandestinos, enquanto que outras 5 milhões sofrem de complicações devido à falta - ou negligência - de serviços de saúde reprodutiva. BN
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