A lista de políticos supostamente envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras, divulgada na noite desta sexta-feira pelo STF, teve como base citações do ex-diretor de abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa e do operador financeiro Alberto Youssef.
Os dois eram personagens-chave de um dos três caminhos (veja no gráfico abaixo) — formados por diretores, empreiteiras, operadores e partidos — pelos quais as propinas eram distribuídas. Conforme os depoimentos, agentes políticos responsáveis pela indicação de Paulo Roberto Costa para Diretoria de Abastecimento da Petrobras recebiam, mensalmente, um percentual do valor de cada contrato firmado pela diretoria. Outra parte era destinada a integrantes do PT responsáveis pela indicação de Renato Duque para Diretoria de Serviços. Era essa diretoria que indicava a empreiteira a ser contratada, após o concerto entre as empresas no âmbito do cartel. De 2004 a 2011, eram os integrantes do PP quem davam sustentação à indicação de Paulo Roberto, e, a partir de meados de 2011, os integrantes do PMDB responsáveis pela indicação do diretor da área internacional da estatal passaram a apoiar o nome de Paulo Roberto para o cargo de Diretor. Daí porque também passaram a receber uma fatia da propina.
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