Em um comunicado encaminhado à Justiça do Paraná, o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco afirma ter lavado aproximadamente R$ 300 milhões que recebeu de subornos de empreiteiras em bancos na Suíça, incluindo o Banco Safra. Barusco prestou depoimento por meio de delação premiada na Operação Lava Jato da Polícia Federal em 2014.
Segundo reportagem publicada pelo jornal britânico Financial Times neste domingo (8), o executivo teria aberto contas no Banco Safra com a ajuda de Julio Faerman, consultor internacional na área da indústria de óleo e gás, e de Denise Kos, uma ex-funcionária do banco. Foto: Pedro Araújo / Estadão Conteúdo Fonte: R7
Um formulário para a abertura da conta de Barusco no Banco Safra suíço foi apresentado à Justiça do Paraná. Ao que tudo indica, Denise teria dado autorização para abertura da conta de número 601244 para um titular com descrições empregatícias próximas às de Faerman, e não de Barusco.
O ex-gerente acusa Faerman de lhe pagar suborno em nomes de empresas contratadas pelo Petrobras por meio da conta 601244.
Barusco também diz que abriu contas no Safra em nome de companhias de petróleo, como a Tropez and Dole Tech, para receber subornos.
No documento, ele afirma que abriu conta no Banco Republicano da Suíça em 1997, mas mudou para o BBA Creditanstalt. Já a conta no Banco Safra foi aberta em 2003.
Cooperação
O possível envolvimento de bancos suíços em parte da engrenagem de corrupção na Petrobras alimenta esforços em Brasília para investigar acusações de brasileiros que teriam vazado informações de correntistas do banco HSBC no país europeu.
A Suíça e o Brasil têm cooperado em investigações criminais sobre lavagem de dinheiro da Petrobras desde abril do ano passado, segundo as autoridades suíças. Foto: Pedro Araújo / Estadão Conteúdo
Fonte: R7
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