DANIELA LIMA - FOLHA DE SÃO PAULO
O ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), espera engordar as fileiras de seu partido no Congresso Nacional –e, consequentemente, seu poder de barganha no governo federal– patrocinando a recriação de uma legenda, o PL, que seria, em seguida, alvo de uma fusão com o PSD.
Aliados do ex-prefeito de São Paulo afirmam que ele estima atrair até 30 deputados federais para a nova sigla, além de dois a três governadores e senadores.
Em conversas reservadas, Kassab e até dirigentes de legendas que estão alarmadas com a mobilização mencionam a migração de pelo menos dois governadores ao novo PL: José Melo (Pros), do Amazonas, e Ricardo Coutinho (PSB), da Paraíba.
A operação colocou em alerta partidos de oposição e aliados da base governista.
Se conseguir concretizar a fundação do PL com o sucesso que projeta nos bastidores, Kassab passará a comandar a segunda maior bancada do Congresso, desbancando o PMDB, que elegeu 66 federais. O PSD tem hoje 37 deputados.
A desconfiança de que o projeto tem o aval do Planalto e da presidente Dilma Rousseff (PT) irritou peemedebistas, que veem nisso uma tentativa de diminuir a importância do partido nas votações do Congresso.
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