A cada 50 mortes por raios no mundo, uma acontece no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). De acordo com o Inpe, cerca de 50 milhões de raios caem a cada ano em todo o país, sendo 20 mil apenas na cidade de São Paulo. Entre os anos 2000 e 2013, informou o Inpe, 1.672 pessoas morreram no país por causa de raios. Nesse período, o estado campeão em número de mortes foi São Paulo, com 269 casos, seguido por Minas Gerais, com 130 casos. A cidade com maior número de mortos foi Manaus, com 20 casos.
A maior parte das mortes ocorreram, segundo o instituto, em atividades rurais (24% do total), seguido por ocorrências dentro de casa (16%), próximo a um veículo (12%), embaixo de uma árvore ou jogando futebol (9%), sob coberturas como toldos ou deques (6%) e na praia (5%).
Na tarde de ontem (29), oito banhistas foram atingidos por um raio na cidade de Praia Grande, no litoral de São Paulo e quatro deles morreram. Os demais ficaram feridos. Eles estavam na praia quando o temporal teve início e a maior parte tentou se abrigar embaixo de um guarda-sol, que atraiu o raio e provocou as mortes.
Relâmpagos, na definição utilizada pelo Inpe, são correntes elétricas muito intensas que ocorrem na atmosfera, consequência do rápido movimento de elétrons de um lugar para o outro. Os elétrons movem-se tão rápido que fazem o ar ao seu redor iluminar-se, resultando em um clarão, e aquecer-se, resultando em um som, que é chamado de trovão. Quando o relâmpago se conecta ao solo é chamado de raio. Segundo o governo paulista, a descarga elétrica de um raio corresponde a cerca de mil vezes a intensidade de um chuveiro elétrico.
Proteção
Em caso de tentar se abrigar dentro de um carro é preciso fechar os vidros e evitar contato com a parte metálica. Já dentro de casa é importante não atender telefones com fio, desligar os aparelhos eletrônicos e ficar longe de canos de água. “Houve um caso, na Avenida Paulista, onde um prédio foi atingido e a descarga veio pela linha de telefone, provocando a morte de uma pessoa que estava ao telefone”, disse.
Se for impossível buscar abrigo, o ideal é que a pessoa se agache com os pés juntos, curvado para frente, colocando as mãos nos joelhos e a cabeça entre eles até a tempestade passar.Fonte:Agencia Brasil
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