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Defesa diz que "não há motivo para que ele faça um acordo de colaboração com o MPF e a PF".
Preso desde o desembarque no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro na última quarta-feira, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró não pretende recorrer à delação premiada. A prisão do ex-diretor ocorreu após ele retornar de viagem de Londres. Na avaliação da defesa do ex-diretor da área internacional da estatal, não há motivo para que ele faça um acordo de colaboração com o Ministério Público Federal e a Polícia Federal, responsáveis pela condução das investigações no âmbito da Operação Lava Jato. “Não acredito que o Nestor possa fazer uma delação. Os fatos da Lava Jato são pós 2008 e o Nestor Cerveró saiu em março de 2008 da Petrobras. Quem estava na área internacional de 2008 até agora não era ele. Então, não vejo como o Nestor possa contribuir com relação a esse período. Quem deveria ser ouvido são os sucessores dele”, afirmou ao Broadcast Político, Edson Ribeiro, advogado do ex-diretor, nesta segunda-feira, 19. Segundo o defensor, embora não tenha previsão de um acordo formal de delação, Cerveró tem contribuído com as investigações. Na semana passada, o ex-diretor prestou depoimento na sede da PF em Curitiba, onde se encontra preso atualmente. Na ocasião, os agentes não teriam questionado sobre a compra da refinaria de Pasadena, Texas (EUA), realizada em 2006 pela Petrobras. “Ele já fez depoimento parece que hoje de manhã, vai ter outro e depois um específico para falar de Pasadena. Neste caso, será feito a pedido dele. Ele quer falar sobre Pasadena. Ele desde o início se colocou à disposição para falar”, afirmou Edson Ribeiro. “O engraçado é que nem Ministério Público nem a Polícia Federal quiseram ouvi-lo até agora, só depois da prisão. Mesmo assim, ele foi ouvido na semana passada sem nenhuma pergunta sobre Pasadena. Então, ele questionou e disse que quer falar sobre Pasadena também”, acrescentou. Estadão Conteúdo
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