O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, alertou nesta segunda-feira contra as restrições rígidas "desnecessárias" aos movimentos dos profissionais de saúde que combateram o vírus ebola na África Ocidental.
Alguns Estados norte-americanos impuseram quarentenas forçadas para profissionais de saúde que voltam de países africanos afetados pelo ebola, mas o governo federal dos Estados Unidos se opôs a essas medidas.
Canadá e Austrália barraram a entrada de cidadãos de Libéria, Serra Leoa e Guiné, onde a doença está disseminada, e alguns políticos norte-americanos pediram a adoção de medidas similares nos EUA.
"A melhor forma de deter esse vírus é pará-lo na fonte, em vez de limitar, restringir o movimento de pessoas e do comércio", disse Ban em entrevista coletiva em Viena.
"Em especial quando há algumas restrições extras desnecessárias e discriminações contra profissionais de saúde. São pessoas extraordinárias que estão doando a si mesmas, arriscando suas vidas", acrescentou.
Importantes companhias aéreas internacionais e serviços de entrega devem continuar suas operações normalmente, defendeu Ban.
Especialistas na área médica dizem que o contágio do ebola é difícil e que o vírus só se espalha pelo contato direto com fluídos corporais de uma pessoa infectada e não é transmitido por pessoas assintomáticas.
"É claro, quando alguém tem um sintoma (de ebola) essa pessoa tem de ser imediatamente tratada, apoiada e isolada, se necessário", disse Ban.
O surto mais mortal de ebola já registrado matou quase 5.000 pessoas, a grande maioria delas na Libéria, Serra Leoa e Guiné. Fonte: Uol
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