A Polícia Civil apresentou na manhã desta quinta-feira (16) o vigilante Thiago Henrique Gomes da Rocha, de 26 anos, que é apontado como o autor de 39 mortes em Goiânia, entre elas, os 16 homicídios investigados por uma força-tarefa da corporação. O delegado que coordena os trabalhos da equipe, Deusny Aparecido, disse que ele é uma pessoa “fria”: “Ele disse que matava por raiva, raiva de tudo e de todos. Matava aleatoriamente, ele nunca teve vínculo com nenhuma dessas vítimas. Poderia ser eu, você, nossos filhos”.
Procurado pelo G1, o advogado do suspeito, Thiago Huascar não atendeu às ligações até a publicação desta reportagem.
O vigilante foi preso na noite de terça-feira (14). Na manhã desta quinta-feira (16), ele tentou se matar na cela da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos, onde está detido. O advogado do suspeito confirmou ao G1 que ele cortou os pulsos com o vidro da lâmpada. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e passa bem.
Segundo a assessoria da Secretaria de Segurança Pública informou, na quarta-feira (15), o vigilante confessou ter cometido os 16 homicídios investigados por uma força-tarefa da corporação. Já o titular da Delegacia de Homicídios, Murilo Polati, disse, na noite do mesmo dia, que das mortes que o suspeito admitiu, apenas 13 fazem parte da investigação da força-tarefa
Série de assassinatos
O primeiro crime da série de assassinatos contra mulheres em Goiânia ocorreu em 18 de janeiro deste ano, quando Bárbara Luiza Ribeiro Costa, de 14 anos, foi executada no Setor Lorena Park. A morte mais recente foi a de Ana Lídia Gomes, baleada em um ponto de ônibus no Setor Conjunto Morada Nova, no dia 2 de agosto. Um motociclista passou pelo local e disparou contra a garota, que não resistiu aos ferimentos.
Entre as outras mortes investigadas pela força-tarefa estão a da dona de casa Lílian Sissi Mesquita e Silva, de 28 anos, em 3 de fevereiro, e a de Janaína Nicácio de Souza, de 25 anos, morta no dia 8 de maio. Todas as vítimas de série de assassinatos eram jovens, mas não tinham perfil parecido.
Ao contrário do que foi divulgado pela polícia no início das investigações, o delegado-geral da Polícia Civil, João Gorski, afirmou, na quarta-feira (15), que se trata de um caso de assassino em série."Eu acredito que é um serial killer. No começo, ele matava aleatoriamente. No fim, ele estabeleceu um padrão", afirmou. Fonte: G1
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