EFE - Em Syndey - As mulheres muçulmanas que utilizarem burca não poderão se sentar nas galerias públicas do Parlamento da Austrália, segundo medida aprovada nesta quinta-feira (2).
"As pessoas com o rosto coberto que entrarem nas galerias da Câmara dos Representantes e do Senado deverão se sentar em uma galeria fechada", segundo a medida, que entrou imediatamente em vigor após sua aprovação.
No mês passado a segurança do parlamento foi reforçada diante de uma suposta ameaça de ataque terrorista. A lei gerou críticas de diversos setores políticos e civis.
O comissário contra a Discriminação Racial, Tim Soutphommasane, afirmou que "ninguém deve ser tratado como cidadão de segunda classe e muito menos em seu próprio parlamento".
Segundo ele, a proibição pode motivar ataques de rua contra as mulheres muçulmanas e instigar a propaganda extremista.
Soutphommasane avaliou que não existe nenhuma evidência que indique que as burcas representam uma ameaça à segurança nacional e sua proibição "pode simplesmente aumentar as tensões culturais e a desconfiança social".
Recentemente, a senadora Jaqui Lambie, do Partido Unido de Palmer, propôs que o uso do burca fosse proibido em lugares públicos na Austrália.
Ontem, o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, disse que preferiria que esta vestimenta não fosse utilizada em seu país, embora não devesse ser proibida em uma "sociedade livre".
Na França, desde 2011, está em vigor uma lei que proíbe o uso da burca ou de véu integral em espaços públicos, medida que foi autorizada pelo Tribunal de Direitos Humanos Europeu.
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