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terça-feira, 7 de outubro de 2014

O “poste” Alexandre Padilha derruba o PT

JÚLIA KORTE, VINICIUS GORCZESKI, PEDRO MARCONDES DE MOURA E ALINE IMERCIO
DERROTA
O ex-presidente Lula, o ex-ministro da saúde e candidato a governador do Estado de São Paulo, Alexandre Padilha, e o senador Eduardo Suplicy na manhã deste domingo, antes do resultado das urnas (Foto: EFE/Sebastião Moreira)

O Partido dos Trabalhadores é o grande derrotado na eleição em São Paulo. O PT sofreu seu maior revés no principal colégio eleitoral do Brasil em duas décadas. Pela terceira vez, o PT ficou fora do segundo turno na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde da presidente Dilma Rousseff, escolha pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para disputar o governo paulista, teve 18,1% dos votos válidos com 97% das urnas apuradas. Ficou atrás de Paulo Skaf (PMDB), 21,5%, e do tucano Geraldo Alckmin, reeleito no primeiro turno com 57,3%.

“Deixo de ser candidato a governador para ser um soldado de Dilma”, disse Padilha após reconhecer a derrota. “Não vamos arregar de ser oposição(em São Paulo).”

Na disputa ao Senado, o PT também amargou outra derrota histórica. Senador desde 1991, Eduardo Suplicy teve apenas 32,47%, e foi derrotado por José Serra (PSDB) (com 58,56%). No pleito nacional, a presidente Dilma Rousseff teve apenas 25,8% dos votos, menos do que a própria Dilma obteve no 1º turno em 2010, e do que o presidente Lula teve em 2006 e 2002. O petista mais bem votado para a Câmara dos Deputados foi Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians, que ficou em 20º no quadro geral. Entre os 50 candidatos a deputado federal mais bem votados, há apenas cinco petistas, contra dez tucanos.

De tabela, os paulistas derrotaram também a estratégia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de eleger nomes técnicos escolhidos para renovar o partido. Padilha era uma aposta pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A sua candidatura fazia parte dos planos de Lula de dar visibilidade a novos quadros petistas. Foi assim que elegeu Fernando Haddad, prefeito de São Paulo em 2012, e Dilma, presidente em 2010. Haddad chegou a declarar que “de poste em poste” Lula iria iluminar o Brasil. Para o ex-presidente, o perfil jovem, 43 anos, de classe média e médico de Padilha seria mais palatável ao eleitor paulista. A aposta nele foi alta. A gestão federal colocou como vitrine projetos de sua pasta, como o Mais Médicos. Agora, integrantes do PT temem que o resultado dele influa no desempenho da candidatura de Dilma à presidência no segundo turno. LEIA MAIS NA ÉPOCA

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