REDAÇÃO ÉPOCA COM ESTADÃO CONTEÚDO - Em votação simbólica e que durou menos de 50 segundos, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou, em segunda discussão, projeto que acaba com o rodízio municipal de veículos. O projeto, de 2007, é de autoria do vereador e despachante Adilson Amadeu (PTB). O prefeito Fernando Haddad (PT) deve vetar a proposta.
"São Paulo tem 7,3 milhões de veículos, dos quais 2,3 milhões não pagam nada (os ilegais). O governo tem de tirar esse montante da rua, que é o fluxo excluído pela restrição todos os dias", afirmou Amadeu.
A proposta estava parada no Legislativo e fora de pauta havia sete anos. Mas Amadeu exigia que o texto fosse submetido à votação de seus colegas – caso contrário, o parlamentar, ligado ao deputado federal Campos Machado (PTB), ameaçava obstruir a pauta de votação na Câmara.
Os vereadores contra a proposta mal conseguiram registrar seus votos contrários, já que era uma votação simbólica. Se fosse uma votação nominal, com a soma dos votos contrários das bancadas do PSD, do PSDB e do PT (ao todo as três siglas somam 27 dos 55 parlamentares), a proposta teria sido rejeitada e seria arquivada. Mas a proclamação da votação simbólica foi feita pelo presidente José Américo (PT) menos de 50 segundos após o projeto ser colocado para o escrutínio dos parlamentares.
À reportagem do G1, o líder do PT na Câmara, o vereador Alfredinho (PT), afirmou que a aprovação do projeto que acaba com o rodízio na cidade de São Paulo foi um "cochilo". "Eu não espearava que o projeto estivesse na pauta. Mas aconteceu. Admito que foi um cochilo, porque eu sei que muitos vereadores são contrários. Agora é isso, resta ao prefeito vetar", disse ao portal.
Rodízio
O rodízio restringe a circulação de veículos no Minianel Viário da cidade, conhecido como Centro expandido, nos períodos da manhã, das 7h às 10h, e da tarde, das 17h às 20h, de acordo com o final da placa e o dia da semana.
O motorista que circula em locais e horários não permitidos comete infração de trânsito de nível médio, que resulta em multa de R$ 85,13 e acréscimo de quatro pontos na carteira de habilitação.
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